quinta-feira, 17 de abril de 2014

Patologia do Tecido Conjuntivo Propriamente Dito

Lúpus Eritematoso Sistêmico :

O lúpus eritematoso sistêmico (LES ou lúpus) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo, de causa desconhecida que pode afetar qualquer parte do corpo. Assim como ocorre em outras doenças autoimunes, o sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, resultando em inflamação e dano tecidual. Uma a cada duas mil pessoas possui esse problema, sendo mais comum em mulheres negras e latinas.

Sinais e sintomas:

Possui grande variedade de sintomas que se assemelham ao de várias outras doenças e, em geral, são intermitentes dificultando assim o diagnóstico precoce. 

Os primeiros sintomas mais comuns são:
  • Febre;
  • Mal-estar;
  • Inflamação nas articulações;
  • Inflamação no pulmão (pleurisia);
  • Inflamação dos gânglios linfáticos;
  • Dores pelo corpo (por causa das inflamações);
  • Manchas avermelhadas;
  • Úlceras na boca (aftas).

A detecção precoce pode prevenir lesões graves no coração, articulações, pele, pulmões, vasos sanguíneos, fígado, rins e sistema nervoso. O desenvolvimento da doença está ligado à predisposição genética, fatores emocionais e fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos, como hidralazina, procainamida e hidantoinatos. Com o tempo as reações imunológicas causam lesões teciduais, formação de complexos antígeno-anticorpo e fixação de complemento, além de citotoxicidade mediada por anticorpos (anti-hemácias, antiplaquetários e antilinfócitos).


Tratamento:

Existem recursos terapêuticos que ajudam a controlar as crises e a evolução da doença.
Os corticoides modernos apresentam menos efeitos colaterais e a ciclofosfomida, imunossupressor usado nos transplantes, tem-se mostrado eficaz para controlar a formação dos complexos imunes.

Outra conquista importante é a plasmaferese utilizada para eliminar os complexos imunes circulantes e regredir as lesões renais e cerebrais.

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